segunda-feira, 27 de outubro de 2014

CONSTELAÇÃO FAMILIAR - TRABALHANDO AS SOMBRAS.


Logo ao nascer Claudia foi incentivada por sua mãe Simone a comer tudo, para crescer forte e bonita.
E sempre foi assim, a cada refeição, tanto sua mãe Simone quanto seu pai Roberto a incentivavam a comer tudo para crescer forte e ser uma menina bonita.
      Claudia agora com seus 42 anos de idade não se suporta de tão gorda. Ela avança pelo consultório, "perfeita" em suas colocações, rígida em seu julgamento em relação à sua autoimagem, inconformada com seu destino, não consegue saber a razão de não conseguir emagrecer. Atesta só comer saladas e legumes em pouca quantidade. Gula? Nem pensar! Abomina qualquer figura redonda se fartando frente a um prato de doces, se arrepia diante da simples menção de cardápios ricos em calorias.
    A terapia avança e ela se recorda de uma tarde distante, perdida entre tantas lembranças, seus pais aguardavam a visita de parentes e foi preparado uma mesa com um bolo de chocolate para recepcionar a visita.
       Depois das conversa iniciais na sala de visitas, entre risos e vozes altas, Claudia só se lembra de estar diante da mesa com o prato do bolo vazio, nem se deu conta de seu rosto lambuzado de chocolate, mas lembra-se de estar feliz e contente por ter dado fim naquele bolo inteiro, e que de repente sua alegria se transforma num misto de confusão e tristeza, quando seus pais entram pela cozinha e se deparam com a falta do bolo.
       Expressões de espanto, risos ficaram para trás e somente a lembrança do olhar severo de sua mãe fica em sua lembrança, tirando-lhe a espontaneidade e relegando à sombra do passado, um sentimento de rejeição 

       O Pertencer é importante. Ser rejeitado é ser condenado à morte. A Constelação Familiar ordena os membros do sistema familiar, e inclui a todos que se sentem excluídos. 

sábado, 7 de dezembro de 2013



"CUIDANDO DOS OUTROS, E DE SI?"

         "Minha felicidade é fazer os outros felizes. "Cuidado: quem diz essa frase nem sempre é genuinamente altruísta. E mais: condutas que, na aparência, são de extrema dedicação, abnegação, sacrifício e renúncia costumam encobrir uma forte cobrança de reconhecimento e presença constante. O ser humano precisa dar e receber, nutrir e ser nutrido. Quem passa a imagem de ser fonte inesgotável de doação, como se não precisasse se reabastecer, esta fazendo os outros assinarem promissórias secretas e dívidas de gratidão."
(MALDONADO, M.T.  p.168)
MALDONADO, M.T.  Cá entre nós: na intimidade das famílias. -  
Integrare  Editora -  São Paulo  2006. 


     Maria Tereza Maldonado no trecho do seu livro Cá entre nós, traz na sua literatura, um conhecimento que eu repito muito dentro das sessões de Constelação Familiar: O Equilíbrio entre o Dar e o Tomar. Bert Hellinger que é o descobridor dessa técnica de Intervenção Sistêmica, nos traz esse conhecimento dentro de suas obras. 
     Quem, numa relação, dá muito, normalmente espera algo em retribuição. Quem recebe, normalmente se sente na obrigação de devolver em retribuição. Quem não consegue, acaba se zangando. Daí passa a minimizar aquilo que recebeu, e daí o início dos emaranhamentos que resultam em distúrbios em sua vida.
     Tendo em vista as situações acima, a Constelação Familiar, se torna um excelente instrumento para perceber e intervir dentro do que se espera de um bom resultado em relação ao sistema de crenças que foi implantado dentro de sua criação.

Auro Tanamati 16/04/2013


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

 ALCOOLISMO E CODEPENDENCIA


Um filho de alcoolista propõe a seu pai: Pai, eu te ajudo a parar de beber. Vamos estabelecer um plano de diminuição gradual da bebida. Hoje o senhor bebe 3 garrafas de cachaça por dia. Vamos dividir tudo em doses e vamos retirando uma dose por dia. Dessa forma o senhor vai diminuindo naturalmente e não sente muito os efeitos da abstinência.

Durante 3 meses o plano foi seguido a risca, e as doses foram diminuindo gradativamente. Seu filho orgulhoso, continuava incentivando, mas por incrível que podia parecer, o comportamento ébrio não estava se alterando. Ele continuava a apresentar os mesmos sinais anteriores ao inicio do "tratamento".

Desconfiado de que havia algo errado, num certo dia, o filho pergunta para o pai: Por que o senhor comprou bebida escondido? A resposta foi imediata: Como é que você descobriu?

O comportamento de controle exercido pelo filho, encontra na literatura disponível uma qualificação de CODEPENDENTE. Ao contrário do que muitos possam pensar, o Codependente não é apenas aquele que convive com o dependente sofrendo das consequências dessa convivência. 

Trata-se de uma situação de convívio e de controle perante o DEPENDENTE QUÍMICO. Um comportamento que retroalimenta o comportamento do dependente e o mantém junto ao vício, e quanto mais o Codependente tenta controlar a vida do dependente, mais o Dependente resiste e se afunda ainda mais no vício.

Ao ser consultado por esse filho, a sugestão imediata fosse que ele passasse a frequentar salas de reuniões especializadas, onde ele poderia aprender como lidar com o Dependente, como conhecer e evitar se enredar com as artimanhas que o sujeito sabe empregar como ninguém.

Citei exemplos de comportamento e pedi sua confirmação:
- Seu pai trabalha e ganha o seu salario, gasta tudo ou quase tudo com a bebida, bate no peito e diz: "EU BEBO PORQUE EU QUERO. EU PAGO COM O MEU DINHEIRO. NÃO DEVO NADA A NINGUÉM. ESTÁ TE FALTANDO ALGUMA COISA? NÃO SOU ALCOÓLATRA. VOCÊ NÃO TEM NADA COM ISSO. EU PARO QUANDO EU QUISER!"
- Nas noites que ele chega alcoolizado, ele vai direto para o chuveiro e fica la durante muito tempo. As vezes ele desmaia debaixo do chuveiro e você e sua família o tiram de lá. Enxugam e o colocam na cama, e no dia seguinte ele não lembra de nada, e fica bravo se alguém menciona que ele "apagou" no chuveiro.
- De manhã ele acorda todo "amarrotado" vai até o banheiro escovar os dentes, vomita e coloca a culpa na pasta de dente que não presta.
- Sai de fininho antes que alguém o repreenda, e chega tarde da noite para que ninguém fique falando, aborrecendo-o com a falta de comportamento da parte dele.
- Quando ele bebe nas festas, ele é o centro das atenções. Muito engraçado, cai no chão, faz de conta de que foi de propósito. É a alegria da festa. 
- Passa a trocar a sua cama pelo tapete da sala.
- Passa a não tomar mais banho.

Perplexo o filho vai concordando com o movimento de cabeça com os itens que eu descrevo.

Ao mesmo tempo, listo o comportamento da família:
- Sua mãe prepara a refeição e deixa no forno quentinho aguardando ele chegar para servir quando ele chega. Mesmo que ele não coma por estar embriagado.
- Quando ele desmaia no chuveiro, tratam de acudi-lo imediatamente, colocando-o na cama.
- Ele gasta tudo em bebida e vocês ainda arrumam dinheiro para ele pegar o ônibus para o trabalho.
- Telefonam para o patrão dizendo que ele está doente, ou que morreu alguém da família para encobertar o estado de embriaguez dele.

Atordoado o filho me pergunta: É errado cuidar dele? Ele é meu pai!

O Comportamento do Codependente passa por 3 fases:
- A do Salvador - quando não importa a opinião do dependente, o salvador quer e vai querer salvar o dependente de qualquer forma. Só que no final fracassa.
- O Magoado - Depois de fracassar, ele coloca a culpa no dependente. "É você quem não se permite! - codependente acusando dependente." "Eu fiz de tudo para você se recuperar.
- O Perseguidor - É a fase quando o codependente fica cobrando uma postura do dependente: "Quando é que você vai tomar jeito?" So depende de você! Você não sai da bebida porque não quer, que eu já te ajudei de todas as formas.





segunda-feira, 26 de agosto de 2013


AURO TANAMATI

Psicólogo formado pela Universidade Paulista. 
Facilitador de Constelação Familiar
Facilitador de Roda de Tambores
Terapeuta Natural formado pela Holos Virtual School
Master Reiki Usui Ryoho
Master Reiki em Bushido Reiki, com técnica própria.
Realiza sessões com Psicoterapia Familiar, de Casais,